O dia 29 de maio de 2007 registrou a estréia do Espetáculo de Dança/Teatro ELA que seguiu em temporada ainda nos dias 30 e 31 daquele mês. A dramaturgia construída por João Vasconcelos(Direção Geral) e Valdemar Santos(Direção de Coreografias) apresentou um trabalho limpo, econômico em apropriação da temática MULHER. O percurso da humanidade feminina em aprimoramento da própria espécie ganhou forma e conteúdo estético-plástico na pele de Elizabeth Battali, Graciane Sousa, José Alves Filho, Juliana Márcia, Maria Clara Nascimento, Viviane Maranhão e a participação especial de Genu Morais. O reforço veio da cenografia de Siro Siris e Tupy, os figurinos e adereços de Siro Siris, a trilha musical de Roraima e a iluminação arrojada de Renato Caldas.
A produção-executiva e toda a equipe do ELA resolveram fazer a estréia do trabalho, apoiado pela Lei A. Tito Filho/FMC- FININVEST, no Theatro 4 de Setembro para em seguida percorrer as outras Casas da cidade. Para locar o Theatro 4 de Setembro o trabalho concorreu a um edital público de ocupação de pautas, ficando selecionado em segunda chamada, após apresentar documentações ausentes na primeira entrada. A produção-executiva do Espetáculo assinou contrato com a Casa e disponibilizou para os (03) três dias a quantia de R$ 600,00(seiscentos reais) assim discriminados: R$ 300,00(trezentos reais) como pagamento de pautas e R$ 300,00(trezentos reais) como caução.
Às vésperas da estréia, o diretor do ELA me comunicou que o diretor-técnico do Theatro havia informado que a produção-executiva teria que se responsabilizar pelo aluguel de 12(doze) pinos de luz, compra de gelatinas(leia-se, material usado para variar cores nos pinos de luz) e “arranjar” o linóleo porque a Casa não dispunha de um. Quando se assina um contrato de locação e paga-se taxas, pressupõe-se que determinados serviços sejam oferecidos. O edital público de ocupação de pautas acusava linóleo, mas a Casa não dispunha de um para o momento. Corre a lenda que o que havia sumiu milagrosamente. O diretor do Espetáculo até que tentou se virar para solucionar os problemas de material de expediente da Casa. A produção-executiva teve que dissuadi-lo dessa intenção, haja vista que se o artista paga as taxas exigidas, logo deve receber tratamento razoável de quem aluga o espaço. Na última conversa que João Vasconcelos teve com a diretora-administrativa do Theatro, ficou acertado que o ELA estrearia sem linóleo, mas que a Casa se responsabilizaria para conseguir o artefato para os dois dias posteriores da temporada.
Para esclarecimento do público leigo: linóleo é uma espécie de napa usada sobre o palco para atender a espetáculos de dança. Em espetáculos de teatro não se usa, a priori, esse tipo de material. O ator caminha sobre o tablado. No caso do bailarino(a) este(a) desliza sobre o palco, desenvolve exercícios de dança que exigem uma proteção para sua pele e corpo de um modo geral. Essa proteção vem do linóleo. Sabe-se também que o tablado(madeira) quase sempre é raspado e liso, logo oferece situações em que o bailarino(a) poderia escorregar, queimar a pele em contato com a madeira, se machucar feio. O linóleo é aderente e protetor dos riscos da atividade do bailarino(a), então indispensável para espetáculos de dança. A direção do Theatro parece não perceber essa necessidade e responsabilidade, pois tentou empurrar esse problema da falta de linóleo para a produção do Espetáculo.
Em sendo o Espetáculo subvencionado por patrocínio através da Lei A. Tito Filho, se detém em rubricas que não incluem a solução de problemas da ordem de material de expediente de uma Casa de espetáculos. A decisão da produção-executiva foi que o Espetáculo estreasse, mesmo sem o linóleo e com o risco de comprometer a performance dos artistas até que diretor do ELA encontrasse uma solução junto à Casa. A solução prometida foi “vazia”. A temporada foi realizada, graças a Deus sem acidentes, no palco limpo. A promessa da diretora-administrativa de resolver o problema do linóleo foi falsa, sem a palavra dada. Quando se estabeleceu a promessa do Theatro de conseguir o linóleo(29.06.07), João Vasconcelos ainda recebeu um recado do diretor geral da Casa, abre aspas Vê se bota público no Theatro para repor as gelatinas utilizadas, fecha aspas.
Há uma novidade na Casa: os espetáculos ali inscritos têm que atingir o mínimo de hum mil reais de bilheteria para que o Theatro não fique com prejuízo de caixa. A caução no valor de 100(cem reais) por pauta servirá para cobrir os 10%(os dez porcentos da bilheteria). Quem não atingir essa média de público pagante também não tem direito a borderaux, ou seja, está fora do histórico da Casa. O ELA não atingiu essa média em dinheiro. Os números da Casa de espetáculos exigidos e não atingidos impediram que o
Espetáculo tivesse o documento de borderaux.
Parece haver um entendimento enviesado sobre quais são as responsabilidades de quem dirige determinados órgãos do setor público. Não se sabe se, no caso privado da Casa de espetáculos pública, é uma postura referendada pela administração superior, ou se é só arroubo de realeza maior que a do rei.
A verdade é que para os artistas que têm já boas dificuldades para apresentarem resultados que satisfaçam ao patrocinador, ao público e afins, fica uma pergunta que não quer calar. ONDE É QUE SE ERROU AO APOSTAR EM PESSOAS, PROPOSTAS E POSTURAS POLÍTICAS DE DISCURSOS DE INCLUSÃO?
O artista se defende como pode, às vezes com + passionalidade que razão. Mas precisa produzir e bem, a despeito de qualquer adversidade.
Então onde está a nódoa? Talvez esteja nas posturas enviesadas, nos poderes distorcidos e nas várias e abertas perspectivas de que: se esse comportamento desrespeitoso é com o produto local, então a retórica governamental que alardeia investimento na cultura localizada é um sério e grave engodo, pois os assessores negam o marketing.
Onde está a pérola? Ah! Essa está, sem sombra nem dúvidas, num produto de boa qualidade, de pés na terra e tablado, que agrada a quem aprendeu a desenvolver a pecha humana da sensibilidade.
Às vezes, mas só às vezes, quase se começa a crer que algumas pessoas da cidade sofrem do complexo de derrotados. Estão sempre infligindo possibilidades para virem a queda de Esparta(entenda-se, história das civilizações e cultura para legado ocidental), que, com a licença poética, não foge ao contexto.
A manifestação cênica, de sempre, vai sobreviver com ou sem linóleo. Aos vencedores a coragem e a criatividade, mesmo sem o retorno dos tributos oficiais e alhures.
MANECO NASCIMENTO
sábado, 16 de junho de 2007
sexta-feira, 15 de junho de 2007
PARA REFLETIR
10 mandamentos".
E foda-se. Você aceita ou aceita. Caso contrário, você vai pra casa e janta com sua família e ri com sua filhinha e dorme sem nenhum pesadelo, mesmo sabendo que passou a tarde inteira apertando testículos ou fritando algum infeliz. Há perversão demais no mundo. Há maldade, ódio e sentimentos ruins em excesso. E escrever sobre eles não faz exatamente muito bem. Mas não me disseram que havia outra coisa a fazer. Ou vai ver eu não quis acreditar. Há desespero demais no mundo. Mas há um restaurante quase vazio perto de sua casa. Há um livro de Cormac McCarthy onde um garoto olha nos olhos de um índio e se vê refletido nos olhos dele. Há uma taça de vinho e ainda há pessoas que você ama espalhadas por aí. Há um milagre esperando para acontecer. Em algum lugar do mundo, ouvi dizer que ainda há paz.
MÁRIO BORTOLLOTO
E foda-se. Você aceita ou aceita. Caso contrário, você vai pra casa e janta com sua família e ri com sua filhinha e dorme sem nenhum pesadelo, mesmo sabendo que passou a tarde inteira apertando testículos ou fritando algum infeliz. Há perversão demais no mundo. Há maldade, ódio e sentimentos ruins em excesso. E escrever sobre eles não faz exatamente muito bem. Mas não me disseram que havia outra coisa a fazer. Ou vai ver eu não quis acreditar. Há desespero demais no mundo. Mas há um restaurante quase vazio perto de sua casa. Há um livro de Cormac McCarthy onde um garoto olha nos olhos de um índio e se vê refletido nos olhos dele. Há uma taça de vinho e ainda há pessoas que você ama espalhadas por aí. Há um milagre esperando para acontecer. Em algum lugar do mundo, ouvi dizer que ainda há paz.
MÁRIO BORTOLLOTO
CHAPA QUENTE
Autor premiado, fecundo, com uma série de peças instigantes e provocativas, sempre tendo como eixo a discussão social e a condição humana, Mário Bortolotto integra o Projeto “E Se Fez a Praça Roosevelt em 7 Dias”, apresentado diariamente no Espaço dos Satyros, às 19 horas, na qualidade de autor e diretor. A peça que escreveu e dirige – e que é encenada aos domingos, devendo entrar em carreira normal no mês de julho, graças ao sucesso de público que obteve – chama-se Uma Pilha de Pratos na Cozinha (nome banal, prosaico, mas que se encaixa perfeitamente bem na história da peça, por mostrar exemplarmente como o prosaico e o cotidiano estão bem próximos de realidades mais profundas e dolorosas). Mário Bortolotto foi um dos fundadores do Grupo Cemitério de Automóveis em Londrina, no Paraná, tendo se radicado em São Paulo, ele e o grupo, desde o início da década de 90. Vários textos seus obtiveram grande receptividade junto ao público e à crítica. Para citar apenas alguns, basta lembrar A Medusa de Ray-Ban, O Diário das Crianças do Velho Quarteirão e Nossa Vida Não Vale um Chevrolet. Com essa sua nova peça, Bortolotto viaja brilhantemente por situações-limite do ser humano, expostas na trajetória de quatro personagens – interpretados com garra e paixão por ótimos atores: Otávio Martins, Paula Cohen, Alex Grulli e Eduardo Chagas. O cotejo entre vida e morte, entre a banalidade e o transcendental, enfim, entre ações e sentimentos superficiais e ações e sentimentos viscerais, estão presentes com força e beleza poética no texto de Bortolotto. O público interage desde o primeiro momento com a narrativa – não só pela qualidade da encenação e pelo impacto literário do texto, mas também pelas interpretações muito bem desenhadas e desenvolvidas e pela presença da música na montagem – aliás, umas das qualidades de Mário Bortolotto como diretor, ele sempre soube usar, como poucos outros encenadores teatrais, a música em cena, trazendo para o espetáculo uma beleza e uma poesia extraordinárias graças à trilha sonora, sempre de muito bom gosto e sofisticação musical. Mário Bortolotto foi comparado, algumas vezes, ao grande Plínio Marcos, pela preocupação social, pelo teor psicológico e pelo retrato da marginalidade que mostra em sua rica dramaturgia. Isso pode ser verdadeiro e válido em certo sentido, mas é importante lembrar que Bortolotto tem vôo próprio, linguagem própria, e um universo moderno e debruçado sobre o ser humano deste início do século XXI. Uma Pilha de Pratos na Cozinha é uma referência importante em sua obra e o espetáculo em cartaz no Satyros permite-nos entrar em contato com o melhor dessa dramaturgia. Além disso, permite-nos ver um elenco afinadíssimo, que apresenta desempenhos primorosos.
(Aguinaldo Ribeiro da Cunha)
AS MAIORES MENTIRAS DO MUNDO
domingo, 10 de junho de 2007
14º FNT apresenta os conselheiros que vão indicar os espetáculos para a Mostra Nordeste
Para esta edição, um profissional da área teatral de cada estado do Nordeste, exceto o Ceará, indicará peças locais para participar do Festival
A 14ª edição do Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga (FNT), que acontecerá de 14 a 22 de setembro na cidade cearense, concretiza uma reformulação há muito tempo pensada: a mostra da região Nordeste deixa de ser competitiva. Com a inovação, mudou também o critério de escolha dos espetáculos. Um conselheiro de cada estado, com exceção do Ceará, foi nomeado para indicar três peças para participação na Mostra Nordeste. Os conselheiros são profissionais, pesquisadores ou gestores culturais de grande atuação na área teatral, que têm a missão de sugerir as melhores montagens de seus respectivos estados.
Os conselheiros são: Wagner Heineck (MA), Romildo Moreira (PE), Marco França (RN), Márcio Marciano (PB), Guilherme Ramos (AL), Francisco Pellé (PI), Elisa Mendes (BA) e Lindolfo Amaral (SE). A coordenação do FNT fará a escolha das peças cearenses. Do total de indicados, nove a 12 peças serão convidadas para a Mostra Nordeste e receberão prêmio participação de R$ 4 mil. Apenas um troféu Beija-Flor será concedido, o de melhor espetáculo eleito pelo júri popular.
Com essa inovação, ao invés de uma comissão de três pessoas do Ceará que até ano passado tinha a responsabilidade de analisar, em vídeo, cerca de 70 espetáculos de todo o Nordeste, agora serão oito profissionais dos estados nordestinos, além da coordenação local, que farão a escolha dos espetáculos em cena, ampliando, assim, os olhares sobre a produção teatral do Nordeste.
QUEM SÃO OS CONSELHEIROS
Wagner Heineck (MA) - Ator, nascido em São Paulo, iniciou sua carreira teatral em 1990. Passou por diversos grupos, foi dirigido por renomados profissionais e desenvolve trabalhos em outras áreas cênicas, como direção, iluminação e produção de textos. Ministrou cursos de interpretação e produziu espetáculos e eventos da área teatral. Trabalhou em São Paulo, Santos, Vale do Ribeira, Porto Seguro e, no momento, vive em São Luís, onde dirigiu até o início do ano o Teatro Alcione Nazareth e o Anfiteatro Beto Bittencourt, e produz as Mostras: Semana de Teatro no Maranhão e Mostra Sesc Guajajara de Artes Cênicas.
Romildo Moreira (PE) - Ator, autor e diretor de teatro, publicou vários livros e artigos em jornais e revistas especializadas em artes. Criou o Festival Recife do Teatro Nacional e o projeto Janeiro de Grandes Espetáculos, quando foi Diretor de Artes Cênicas da Fundação de Cultura Cidade do Recife, projetos que ainda são realizados. Foi Coordenador de Artes Cênicas da Fundarpe, no Governo de Pernambuco, de janeiro de 2001 a janeiro de 2007. Atualmente, administra uma empresa de assessoria e produção cultural.
Marco França (RN) - Músico profissional e ator, compôs várias trilhas para espetáculos de teatro e faz parte do premiado grupo teatral Clowns de Shakespeare. No grupo, é diretor musical, atua em diversos espetáculos e dirige a peça Roda Chico. Na 13ª edição do FNT, ganhou os prêmios de melhor ator coadjuvante e melhor sonoplastia, junto a Ernani Maletta, com o espetáculo O Casamento do Pequeno-Burguês.
Márcio Marciano (PB) - Dramaturgo e diretor teatral integrante da Companhia do Latão (SP), reside na cidade de João Pessoa, onde desenvolve projeto de capacitação e formação de um coletivo teatral para dar continuidade à pesquisa em dramaturgia iniciada na capital paulista. Realiza também, junto à Fundação Cultural da Paraíba, projeto de oficinas continuadas para atores da cidade de João Pessoa. Atuou como crítico na Revista Bravo! e, recentemente, na II Mostra Latino-Americana de Teatro de Grupo, realizada nessa cidade.
Guilherme Ramos (AL) - Especialista em Gestão de Organizações Sociais, arquiteto e urbanista, ator, diretor, dramaturgo, poeta e músico prático, coordena atualmente a parte artístico-cultural do SESC/Alagoas e é Secretário Geral da Companhia Teatro da Meia-Noite Artistas Associados, onde coordena o Ponto de Cultura Circo-Escola de Incentivo às Artes. Atualmente, especializa-se em Ensino da Arte – Teatro na Universidade Federal de Alagoas.
Francisco Pellé (PI) - Ator e produtor cultural, é formado pela Universidade de Coimbra em Administração Teatral. Ganhou o prêmio de melhor ator no I FNT com a peça Raimunda Pinto, Sim Senhor!. É membro da Associação Cena Lusofóna, com sede em Coimbra, que trabalha com pesquisa, produção e divulgação de teatro de língua portuguesa no mundo. Ocupa cargo de assessor técnico da Fundação Cultural do Piauí.
Lindolfo Amaral (SE) - Membro do grupo Imbuaça desde 1978, no qual atua, já dirigiu diversos espetáculos e coordena o Ponto de Cultura Nosso Palco é a Rua. Com ele percorreu quase todo o Brasil, além de Portugal e Equador. Também dirigiu peças de outros grupos de Sergipe e Alagoas. É pós-graduado em Teatro na UFPB (1984) e em Administração Cultural na UFBA (1985), onde também obteve o título de Mestre em Artes Cênicas. Estudou na Escola Internacional de Teatro da América Latina e Caribe (Havana/Cuba) em 1993 e na Escola Internacional de Antropologia Teatral, em 1994, com o diretor Eugênio Barba.
Elisa Mendes (BA) - Atriz e diretora teatral, participou de espetáculos como Os Saltimbancos, Seis Personagens a Procura de Um Autor, Sim, Marmelada e Castro Alves. Como diretora, assina Murmúrios (co-direção de Nehle Franke), Flor do Lodo, Prisioneiros da Balança, Na Bagunça do Teu Coração, As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant, A Vida de Galileu, Lampião e Maria Bonita, dentre outros. Atualmente, é doutoranda em Artes Cênicas na UFBA e desenvolve cursos e oficinas teatrais no interior do Estado, por meio do projeto Domingueiras. Em 2006, participou ainda do Projeto Circuladô Cultural e do Projeto População Cultural, ministrando e supervisando oficinas de teatro e dança, respectivamente.
OUTRAS MOSTRAS e FORMAÇÃO
Além da Mostra Nordeste o FNT terá o Palco Ceará, Parceria com o Sistema Estadual de Teatro (SET) para a participação de 12 grupos do interior do estado; Convidados Nacionais, que serão dois grandes espetáculos, sendo um para a noite de abertura e um para o encerramento; Te Ato à Meia-Noite, onde os atores poderão se inscrever diariamente para apresentações livres e experimentais. A Formação é um dos papéis do FNT, que este ano investirá ainda mais nessa área com residências das companhias da Mostra Nordeste, grupos de trabalho temáticos, oficinas, workshops e debates sobre os espetáculos.
O FNT é uma realização da Associação dos Amigos da Arte de Guaramiranga (AGUA) e Theatro José de Alencar, numa promoção da Prefeitura Municipal de Guaramiranga e Governo do Estado do Ceará (Secretaria Estadual da Cultura), patrocínio Instituto Oi Cultural e apoio institucional do Ministério da Cultura (Lei Rouanet).
14º Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga (FNT) – De 14 a 22 de setembro de 2007 em Guaramiranga, CE. Informações: (85)3321.1405. www.agua.art.br.
CONTATO PARA ENTREVISTA:
Luciano Gomes Bezerra, presidente da Associação dos Amigos da Arte de Guaramiranga (AGUA) – (85)3321.1405 / (85)9941.7115 (celular provisório).
06/junho/2007
Assessoria de Imprensa: DÉGAGÉ
Jornalistas Responsáveis: Sônia Lage e Eugênia Nogueira
Tel: (85)3261.7009 / 9989.5876 (Sonia) / 9989.3913 (Eugênia)
imprensafnt@degage.com.br / www.degage.com.br
Para esta edição, um profissional da área teatral de cada estado do Nordeste, exceto o Ceará, indicará peças locais para participar do Festival
A 14ª edição do Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga (FNT), que acontecerá de 14 a 22 de setembro na cidade cearense, concretiza uma reformulação há muito tempo pensada: a mostra da região Nordeste deixa de ser competitiva. Com a inovação, mudou também o critério de escolha dos espetáculos. Um conselheiro de cada estado, com exceção do Ceará, foi nomeado para indicar três peças para participação na Mostra Nordeste. Os conselheiros são profissionais, pesquisadores ou gestores culturais de grande atuação na área teatral, que têm a missão de sugerir as melhores montagens de seus respectivos estados.
Os conselheiros são: Wagner Heineck (MA), Romildo Moreira (PE), Marco França (RN), Márcio Marciano (PB), Guilherme Ramos (AL), Francisco Pellé (PI), Elisa Mendes (BA) e Lindolfo Amaral (SE). A coordenação do FNT fará a escolha das peças cearenses. Do total de indicados, nove a 12 peças serão convidadas para a Mostra Nordeste e receberão prêmio participação de R$ 4 mil. Apenas um troféu Beija-Flor será concedido, o de melhor espetáculo eleito pelo júri popular.
Com essa inovação, ao invés de uma comissão de três pessoas do Ceará que até ano passado tinha a responsabilidade de analisar, em vídeo, cerca de 70 espetáculos de todo o Nordeste, agora serão oito profissionais dos estados nordestinos, além da coordenação local, que farão a escolha dos espetáculos em cena, ampliando, assim, os olhares sobre a produção teatral do Nordeste.
QUEM SÃO OS CONSELHEIROS
Wagner Heineck (MA) - Ator, nascido em São Paulo, iniciou sua carreira teatral em 1990. Passou por diversos grupos, foi dirigido por renomados profissionais e desenvolve trabalhos em outras áreas cênicas, como direção, iluminação e produção de textos. Ministrou cursos de interpretação e produziu espetáculos e eventos da área teatral. Trabalhou em São Paulo, Santos, Vale do Ribeira, Porto Seguro e, no momento, vive em São Luís, onde dirigiu até o início do ano o Teatro Alcione Nazareth e o Anfiteatro Beto Bittencourt, e produz as Mostras: Semana de Teatro no Maranhão e Mostra Sesc Guajajara de Artes Cênicas.
Romildo Moreira (PE) - Ator, autor e diretor de teatro, publicou vários livros e artigos em jornais e revistas especializadas em artes. Criou o Festival Recife do Teatro Nacional e o projeto Janeiro de Grandes Espetáculos, quando foi Diretor de Artes Cênicas da Fundação de Cultura Cidade do Recife, projetos que ainda são realizados. Foi Coordenador de Artes Cênicas da Fundarpe, no Governo de Pernambuco, de janeiro de 2001 a janeiro de 2007. Atualmente, administra uma empresa de assessoria e produção cultural.
Marco França (RN) - Músico profissional e ator, compôs várias trilhas para espetáculos de teatro e faz parte do premiado grupo teatral Clowns de Shakespeare. No grupo, é diretor musical, atua em diversos espetáculos e dirige a peça Roda Chico. Na 13ª edição do FNT, ganhou os prêmios de melhor ator coadjuvante e melhor sonoplastia, junto a Ernani Maletta, com o espetáculo O Casamento do Pequeno-Burguês.
Márcio Marciano (PB) - Dramaturgo e diretor teatral integrante da Companhia do Latão (SP), reside na cidade de João Pessoa, onde desenvolve projeto de capacitação e formação de um coletivo teatral para dar continuidade à pesquisa em dramaturgia iniciada na capital paulista. Realiza também, junto à Fundação Cultural da Paraíba, projeto de oficinas continuadas para atores da cidade de João Pessoa. Atuou como crítico na Revista Bravo! e, recentemente, na II Mostra Latino-Americana de Teatro de Grupo, realizada nessa cidade.
Guilherme Ramos (AL) - Especialista em Gestão de Organizações Sociais, arquiteto e urbanista, ator, diretor, dramaturgo, poeta e músico prático, coordena atualmente a parte artístico-cultural do SESC/Alagoas e é Secretário Geral da Companhia Teatro da Meia-Noite Artistas Associados, onde coordena o Ponto de Cultura Circo-Escola de Incentivo às Artes. Atualmente, especializa-se em Ensino da Arte – Teatro na Universidade Federal de Alagoas.
Francisco Pellé (PI) - Ator e produtor cultural, é formado pela Universidade de Coimbra em Administração Teatral. Ganhou o prêmio de melhor ator no I FNT com a peça Raimunda Pinto, Sim Senhor!. É membro da Associação Cena Lusofóna, com sede em Coimbra, que trabalha com pesquisa, produção e divulgação de teatro de língua portuguesa no mundo. Ocupa cargo de assessor técnico da Fundação Cultural do Piauí.
Lindolfo Amaral (SE) - Membro do grupo Imbuaça desde 1978, no qual atua, já dirigiu diversos espetáculos e coordena o Ponto de Cultura Nosso Palco é a Rua. Com ele percorreu quase todo o Brasil, além de Portugal e Equador. Também dirigiu peças de outros grupos de Sergipe e Alagoas. É pós-graduado em Teatro na UFPB (1984) e em Administração Cultural na UFBA (1985), onde também obteve o título de Mestre em Artes Cênicas. Estudou na Escola Internacional de Teatro da América Latina e Caribe (Havana/Cuba) em 1993 e na Escola Internacional de Antropologia Teatral, em 1994, com o diretor Eugênio Barba.
Elisa Mendes (BA) - Atriz e diretora teatral, participou de espetáculos como Os Saltimbancos, Seis Personagens a Procura de Um Autor, Sim, Marmelada e Castro Alves. Como diretora, assina Murmúrios (co-direção de Nehle Franke), Flor do Lodo, Prisioneiros da Balança, Na Bagunça do Teu Coração, As Lágrimas Amargas de Petra Von Kant, A Vida de Galileu, Lampião e Maria Bonita, dentre outros. Atualmente, é doutoranda em Artes Cênicas na UFBA e desenvolve cursos e oficinas teatrais no interior do Estado, por meio do projeto Domingueiras. Em 2006, participou ainda do Projeto Circuladô Cultural e do Projeto População Cultural, ministrando e supervisando oficinas de teatro e dança, respectivamente.
OUTRAS MOSTRAS e FORMAÇÃO
Além da Mostra Nordeste o FNT terá o Palco Ceará, Parceria com o Sistema Estadual de Teatro (SET) para a participação de 12 grupos do interior do estado; Convidados Nacionais, que serão dois grandes espetáculos, sendo um para a noite de abertura e um para o encerramento; Te Ato à Meia-Noite, onde os atores poderão se inscrever diariamente para apresentações livres e experimentais. A Formação é um dos papéis do FNT, que este ano investirá ainda mais nessa área com residências das companhias da Mostra Nordeste, grupos de trabalho temáticos, oficinas, workshops e debates sobre os espetáculos.
O FNT é uma realização da Associação dos Amigos da Arte de Guaramiranga (AGUA) e Theatro José de Alencar, numa promoção da Prefeitura Municipal de Guaramiranga e Governo do Estado do Ceará (Secretaria Estadual da Cultura), patrocínio Instituto Oi Cultural e apoio institucional do Ministério da Cultura (Lei Rouanet).
14º Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga (FNT) – De 14 a 22 de setembro de 2007 em Guaramiranga, CE. Informações: (85)3321.1405. www.agua.art.br.
CONTATO PARA ENTREVISTA:
Luciano Gomes Bezerra, presidente da Associação dos Amigos da Arte de Guaramiranga (AGUA) – (85)3321.1405 / (85)9941.7115 (celular provisório).
06/junho/2007
Assessoria de Imprensa: DÉGAGÉ
Jornalistas Responsáveis: Sônia Lage e Eugênia Nogueira
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Oi cobras
Estou abrindo este espaço para para destilar e inocular os asuntos mais diversos: cultura, lazer, esportes, cidadania e muitos mais, com muito humor e pircadia.
faremos a analíse dos fatos que permeiam nossa cidade, o nome não que dizer que será um espaço e fofoca e cobrices(como nós atores de teatro falamos) até vai ter, mas não será só isso.
Aguardem, dias melhores virão.
faremos a analíse dos fatos que permeiam nossa cidade, o nome não que dizer que será um espaço e fofoca e cobrices(como nós atores de teatro falamos) até vai ter, mas não será só isso.
Aguardem, dias melhores virão.
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